Tendências do universo jurídico – Jurimetria e Visual Law

Por: Rui Caminha

Recentemente, tive a oportunidade de fazer parte de um webinário com outros colegas, Gustavo Vieira, Isabela Ferreira e Alexandre Zavaglia, realizado pela Thomson Reuters, onde discutimos as tendências do universo jurídico para os próximos cinco anos.

Naquela oportunidade, comentei que na minha opinião vislumbrava duas grandes tendências atreladas a uma nova capacidade profissional. As tendências em (i) o cruzamento de técnicas na gestão jurídica envolvendo direito, estatística e ciência computacional, o que podemos qualificar como Jurimetria; e (ii) a ressignificação da comunicação jurídica, de forma o conhecimento do direito não seja exclusivo de uma casta de iniciados, mas acessível a todos.

Afinal, é difícil imaginar um ideal de justiça, onde as leis, contratos e normas em geral são indecifráveis à maioria da população. Essa nova forma de comunicar o direito, mais simples, objetiva e inclusiva, podemos chamar de Visual Law. Essas são tendências inexoráveis ao nosso progresso social, contudo tendências não são captadas por todos de forma linear, na verdade, apenas alguns são capazes de captar o momentum e transformá-lo em oportunidade. Outros serão apenas impactados e quiçá ultrapassados pelo movimento de transformação que já está em curso e que apenas tente a acelerar.

O que é necessário fazer para não ficar para trás? Desenvolver capacidades dinâmicas, que basicamente significa ter habilidade em observar, compreender e reagir rapidamente. Parece simples, mas não é nada trivial. Governos, empresas e pessoas são bombardeadas diariamente com os efeitos cada vez mais evidentes da transformação digital, contudo poucos ainda são aqueles que conseguem de fato transformar essa cadeia de mudanças oportunidades de negócio e/ou profissionais. A ausência dessa capacidade chega a ser fatal para conglomerados inteiros como os famosos casos da Kodak, Blackberry, Blockbuster e tantos outros.

Durante esse mês pretendo escrever uma série de micro artigos como esse para desenvolver melhor as ideias sobre a transformação do direito e compartilhar com a minha rede.

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